quarta-feira, 30 de maio de 2012

O AMOR ESTÁ NO AR...



O amor está no ar meninas!! Êbaaaaa!! Adoro essa época de coraçõezinhos espalhados por aí - hihihii... Então, nada melhor que entrar no clima e falar sobre o amor e suas várias nuances e cores! Apertem os cintos que até o dia Dia dos Namorados estaremos literalmente "in love"!

Espero que gostem amores!!
Beijooooo!


" A IMPONTUALIDADE DO AMOR

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender."

Martha Medeiros

quinta-feira, 5 de abril de 2012

SAIAS PRA QUE TE QUERO!

Não preciso dizer que a nossa marca tem uma pegada super feminina e que o estilo "simple chic" é o nosso diferencial, não é meninas?! Mas todas vocês sabem também da minha enooorme paixão pelas saias!! Ahhhhhh... Uma saia bonita, diferente, curta, média, longa... sequinha, reta, rodada, de babados... é capaz de me fazer suspirar!! = ))

Então, seguem para vocês, em homenagem ao nosso feriadinho de Páscoa que vem chegando por aí, modelos lindos e super inpiradores de saias maravilhosas!!

Uma das apostas da nossa Coleção Alto Verão que continua super em alta nesse inverno, especialmente em petit pois: a saia longa! Chic e cheia de bossa, em tafetá lush.


E num visual black & white, modelo super cool e estiloso em couro preto, do site da Lee Oliveira.


A Mariah, super fofaaa do Blog da Mariah (que eu adorooo) linda no seu modelo branco, super clean e chic! Amei!!


Modelo longo estilo party, sendo usado de forma bem urbana e estilosa com cardigan bordô.


Mais uma referência da nossa Coleção Alto Verão! Juju, a nossa modelo (lindaaa!), arrasando com a saia longa estampada ao piano. O detalhe fica por conta da bolsa em couro metalizado dourado.


Modelo bicolor - referência da Lee Oliveira.


E a saia reta floral tuuuudo de linda, referência do site da Lee Oliveira! Simples, chic e lindaa (aliás, ameeeei o suéter também!) . Preciso dizer mais? A nossa cara!! = ))


Gostaram meninas??

domingo, 11 de março de 2012

PRESENTE PARA VOCÊS!!


                                                                                                                                               Reprodução

Queridas,

A partir do Dia da Mulher (08.03), todas as clientes que já compraram na nossa loja e todas as que vierem aproveitar a nossa MEGA SALE até o dia 17.03 (próximo sábado), estarão concorrendo a uma SESSÃO DE FOTOS no Estúdio Henriqueta Alvarez, recebendo de presente 05 FOTOS EM CD. Não é mais que perfeito?!! Vocês merecem!!

Então, corram para cá, aproveitem os nossos super descontos, fiquem ainda mais charmosas e participem do sorteio deste PRESENTE que toda MULHER amará receber!! Quem sabe a sortuda não será você?!!

Boa sorte girls!!

Beijoooo

sexta-feira, 9 de março de 2012

HOMENAGEM AO DIA DA MULHER!

Queridas, ontem foi o "nosso dia", mas já sabemos que, na verdade, todos os 365 dias do ano são nossos!! E quantos inúmeros papéis exercemos... Então hoje quero agradecer a todas vocês clientes-amigas, amigas-clientes, que nos acompanham desde o comecinho deste sonho e que nos ajudam, diariamente, a transformá-lo em realidade! Só sabemos ser mulher na  inteireza da palavra se formos amiga, filha, mãe, namorada, amante, companheira, profissional, atleta, artista, chef de cozinha, decoradora, dona de casa, enfim... Se formos muitas mulheres ao mesmo tempo, TUDO em uma só!! Não parece que só tem graça assim... = ))

Então hoje, além de dar os PARABÉNS a todas vocês, também quero parabenizar de forma muito especial minha amiga Henriqueta Alvarez, fotógrafa maravilhosa, que para mim traduz de forma linda e única, todas essas mulheres que existem dentro de nós! Suas fotos mágicas são capazes de nos trazer tantos presentes... Enxergamos nestas imagens uma beleza há muito esquecida, percebemos a mulher linda e sensual que existe dentro da gente, descobrimos o quanto somos poderosas, recebemos o presente de ter registrado para todo o sempre um momento mágico e único na vida da gente que é ser capaz de gerar e carregar outra vida, enfim... As possibilidades são infinitas!!

Amigaaaa, você é demais!! Sou sua fã incondicional...

Por tudo isso, não deixem de curtir as lindas imagens (todas elas de Henriqueta Alvarez), e a Promo Surpresa que preparamos de PRESENTE para vocês!!

Beijooo maravilhosas!!





IMPERDÍVEL!!


Queridas, não deixem de aproveitar a nossa MEGA SALE, com até 50% OFF!! Todas as nossas bolsas e acessórios lindos e cheios de bossa, e as peças da nossa Coleção Alto Verão, com precinhos inacreditáveis!!

Corram e garantam já a sua peça exclusiva Carla Valente, pois é somente até o próximo sábado, dia 17.03!!

Estamos aguardando vocês!!

Beijooo!!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

LOOK DO DIA CV


E para brindar o nosso "início de ano" baiano, pós-carnaval, nada melhor do que um look super simple chic, a cara do nosso estilo, da nossa marca.

Saia de poas nas cores black & white em tafetá lush (não é tuuudo de linda e chic?? # amoooo), com top de um ombro só em jersey. Um look super despojado, chic e muito versátil, que pode acompanhá-las em muitos momentos e eventos! E isso é tão importante para nós, não é mesmo meninas?!!
O cintinho de couro trançado, de amarrar, na cor prata, e a bolsa Shine,  em couro metalizado na cor prata (linda de viver e já preview da nossa Coleção de Inverno 2012), complementam o look.

Gostaram meninas? Pois corram aqui na loja para conferir e aproveitar os nossos últimos dias ON SALE.

Aguardo vocês!!

Beijoooo!!


sábado, 25 de fevereiro de 2012

RESTOS DO CARNAVAL

 
 
Não, não deste último carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao carnaval. Até que viesse o outro ano. E quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.
No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem. Duas coisas preciosas eu ganhava então e economizava-as com avareza para durarem os três dias: um lança-perfume e um saco de confete. Ah, está se tornando difícil escrever. Porque sinto como ficarei de coração escuro ao constatar que, mesmo me agregando tão pouco à alegria, eu era de tal modo sedenta que um quase nada já me tornava uma menina feliz.
E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.
Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para carnaval de criança. Mas eu pedia a uma de minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça - eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável - e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.
Mas houve um carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino Rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com os quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira.
Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga - talvez atendendo a meu mudo apelo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel - resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele carnaval, pois, pela primeira vez na vida eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.
Até os preparativos já me deixavam tonta de felicidade. Nunca me sentira tão ocupada: minuciosamente, minha amiga e eu calculávamos tudo, embaixo da fantasia usaríamos combinação, pois se chovesse e a fantasia se derretesse pelo menos estaríamos de algum modo vestidas - àidéia de uma chuva que de repente nos deixasse, nos nossos pudores femininos de oito anos, de combinação na rua, morríamos previamente de vergonha - mas ah! Deus nos ajudaria! não choveria! Quando ao fato de minha fantasia só existir por causa das sobras de outra, engoli com alguma dor meu orgulho que sempre fora feroz, e aceitei humilde o que o destino me dava de esmola.
Mas por que exatamente aquele carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa.
Muitas coisas que me aconteceram tão piores que estas, eu já perdoei. No entanto essa não posso sequer entender agora: o jogo de dados de um destino é irracional? É impiedoso. Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge - minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa - mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil - fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de carnaval. A alegria dos outros me espantava.
Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido, sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.
Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos já lisos de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.
 
Clarice Lispector